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O governador João Azevêdo participou, na noite desta segunda-feira (25), em João Pessoa, da solenidade de reabertura do Museu Casa de José Américo, que passou por revitalização e agora está sendo entregue com infraestrutura renovada e serviços ampliados, beneficiando estudantes, pesquisadores e a população em geral. O espaço conta a história de boa parte da vida do escritor José Américo de Almeida, que teve influência em diversos cenários nacionais — com destaque na política e na literatura.

Situado na orla de Cabo Branco, na Fundação Casa de José Américo, o equipamento passou por serviços de restauração de pisos de madeira e granito, esquadrias de madeira e basculantes de ferro, coberta com recuperação de madeiramento, calhas e telhamento, entre outras benfeitorias.

Na solenidade de reabertura do Museu Casa de José Américo, o governador João Azevêdo ressaltou da intervenção no equipamento para a população paraibana. “A gente precisava oferecer melhores condições de acesso, de acessibilidade para as pessoas. E, agora, a gente devolve à cidade um espaço totalmente reformado, adaptado, facilitando o acesso a todos que querem conhecer não apenas a história de José Américo, mas a história da Paraíba, que está associada à própria história de José Américo”, disse.

Logo em seguida, ao lado da primeira-dama Ana Maria Lins, o governador João Azevêdo visitou a estrutura do Museu Casa de José Américo, ocasião em que ressaltou os investimentos feitos pelo Governo da Paraíba na criação e manutenção desses espaços. “Museu existe para isto: manter a história viva. E é muito bom poder fortalecer essa política de valorização dos museus — Museu da Cidade de João Pessoa, Museu do Artesanato, Museu da Polícia Militar, estamos preparando o Museu do Palácio da Redenção, que vai contar a história da Paraíba”, afirmou.

A gerente do Museu, Janete Rodriguez, disse que a entrega do Museu Casa de José Américo significa colocar à disposição da população um dos maiores espaços de cultura da Paraíba. “É um momento muito importante, pois a Fundação Casa de José Américo é um dos principais locais de cultura, de intelectualidade que nós temos. Entregar esse patrimônio restaurado e acrescido de outros benefícios é socializar novamente toda essa riqueza. É uma noite de extrema felicidade para todos nós”, comentou, lembrando que a visitação ao Museu é de terça-feira a domingo, das 8h30 às 16h30 e que escolas precisam agendar.

O presidente da Fundação Casa de José Américo, Fernando Moura, também externou sentimento de felicidade pela revitalização do Museu. “É um momento de felicidade, porque abrir um museu já é algo que o povo valoriza. Agora imagine reabrir um museu após um ano fechado? A história de José Américo, a história da Paraíba segue sendo contada a partir deste museu”, observou.

O historiador José Otávio de Arruda Mello foi enfático ao definir a importância da revitalização do Museu Casa de José Américo. “Vejo essa intervenção no Museu com muita satisfação, pois essa entrega vem ao encontro da razão de ser da Fundação Casa de José Américo: um espaço de cultura, de afirmação, de muito trabalho, de muita pesquisa. Essa revitalização congrega todos esses bons propósitos”, disse.

A solenidade de reabertura do Museu Casa de José Américo, que teve apresentação de alunos do Programa de Inclusão através da Música e das Artes (Prima), foi prestigiada por diversas personalidades da cena acadêmica e artística de João Pessoa. O evento foi prestigiado ainda por auxiliares da gestão estadual, como a presidente da Empresa Paraibana de Comunicação (EPC); a secretária-executiva da Mulher e Diversidade Humana, Cristiana Almeida; e a secretária do Meio Ambiente e Sustentabilidade, Rafaela Camaraense, entre outros.

Benfeitorias — Os investimentos do Governo da Paraíba no Museu Casa de José Américo contemplaram ainda as áreas externas, com a revitalização do paisagismo em toda a área da Fundação, com nova iluminação, sistema de irrigação e placas de identificação das espécies.

O Museu Casa de José Américo foi onde viveu uma das mais importantes personalidades da Paraíba. José Américo de Almeida teve influência nos mais diversos cenários do estado — com destaque para a política e literatura, área em que ganhou impulso nacional com o romance A Bagaceira (1928), considerada a obra inaugural do Romance de 30.

Ao se transformar em Museu, iniciativa que faz parte do Governo da Paraíba de ampliar esses espaços culturais, a casa de José Américo de Almeida preservou a sua originalidade, quanto as mesmas características do tempo em que o escritor viveu nela, abrigando mobiliário da época, obras de arte, objetos de uso pessoal, comendas, além da biblioteca e do arquivo fotográfico.

O terraço, por exemplo, conta com as mesmas cadeiras em que se sentavam amigos, intelectuais, jornalistas, populares e autoridades recepcionados por José Américo.

Mausoléu – Outro espaço importante na Fundação Casa de José Américo é o Mausoléu, monumento que guarda os restos mortais do escritor e de sua esposa, dona Alice. O Mausoléu é um dos cartões de visita e ponto alto que atrai a atenção dos visitantes. Projeto de autoria do arquiteto indiano Bahram Khorranchachi, está instalado no pomar, segundo sua ex-secretária particular, Maria de Lourdes Luna, José Américo sempre manifestava o desejo de ser sepultado no local, onde vivia colhendo frutos do seu pomar.