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A falta de acessibilidade e o sucateamento dos ônibus que compõe os transportes públicos de João Pessoa foram criticados pelo deputado federal Ruy Carneiro. “O caos no transporte público da capital também tem massacrado as pessoas com deficiência. É preciso uma intervenção urgente, que vá de encontro com esse modelo arcaico, atrasado, lento e sem acessibilidade”, defendeu o deputado.

Ruy condenou a redução no número de veículos em diversas linhas e a precariedade dos ônibus. “Pessoas com deficiência sofrem horas em paradas de ônibus sem estrutura, porque o transporte público da capital é sucateado e de péssima qualidade. É inadmissível que além desse tempo absurdo de espera por conta da redução de linhas, essas pessoas ainda precisem ser levadas nos braços para o interior dos veículos porque a gestão municipal não consegue garantir o mínimo de acessibilidade”, criticou.

A população também tem registrado denúncias através dos veículos de comunicação e principalmente das redes sociais. “Mais uma situação complicada para PCDS que precisam de rampa. O camarada ficou das 09h às 12h esperando que algum ônibus pudesse levá-lo. Quando o ônibus chega, o motorista tenta, mas a rampa trava e todo mundo fica 30 minutos esperando consertar. A rampa fecha, mas a pessoa precisou ser levada nos braços pra dentro do ônibus. Isso aconteceu na linha 601”, relatou um passageiro que preferiu não ser identificado.

A ideia defendida por Ruy é que seja realizado um debate amplo com vários especialistas e ouvindo as demandas da população. “Está claro que o atual modelo precisa ser reavaliado, esse formato ultrapassado tem gerado uma infinidade de problemas para os pessoenses. Várias cidades no Brasil já avançaram nesse cenário e em muitas delas existe até a questão da tarifa zero, seja diariamente ou em dias específicos”, destacou.

Ele citou exemplos onde essas mudanças foram construídas através de parcerias com a iniciativa privada. “É evidente que cada região tem suas peculiaridades, mas é preciso coragem para encarar a situação. Em muitos locais existe subsídio integral ou parcial custeado pela prefeitura. Em outros, os recursos são assegurados por empresas locais, que fazem o repasse ao município no lugar de pagar vale-transporte aos funcionários. Também existe arrecadação por meio das publicidades nos ônibus, locação de lojas nos terminais e percentual no valor das multas de trânsito”, concluiu.

Assessoria