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O acusado de matar a modelo paraibana Lorrayne Damares da Silva, Kennedy Ramon Alves Linhares, foi condenado a 25 anos e seis meses de prisão pelo crime de feminicídio. O julgamento aconteceu nessa terça-feira (23), no Tribunal do Júri da Comarca de Cabedelo, na Grande João Pessoa. A sessão foi presidida pela juíza auxiliar da 1ª vara mista, Graziela Queiroga Gadelha de Sousa.

Além de ser condenado à prisão, o acusado terá que pagar uma reparação civil no valor de R$ 20 mil para família da vítima por dano moral. O advogado de defesa, Getúlio de Souza, não vai entrar com recurso.

“Foi um grande júri, um grande debate. Fizemos o nosso papel. Existia um réu confesso com quatro qualificadores e uma pena de 25 anos estava dentro do esperado. Agora é esperar a aplicação da pena para que ele possa cumprir a progressão da pena”, explicou Getúlio de Souza em entrevista à TV Arapuan.

Andreia Alves, mãe de Lorrayne, falou emocionada. “Eu sei que a justiça foi feita, não vai trazer minha filha de volta, mas pelo menos a justiça da terra foi feita”, disse também à emissora do Sistema Arapuan.

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Já o advogado de acusação, Robério Capistrano, explicou a sentença. “Era o que esperava conseguimos 25 anos de cadeia em regime fechado vai voltar ao PB1. Ele já tinha praticado vários crimes e pegou todas as qualificadores e manteve os 25 anos. Vai tirar no fechado uns dez a quinze anos”, ressaltou.

“A culpabilidade é grave, pois o agente, após ceifar a vida da vítima dispensou seu corpo, demonstrando desprezo em relação à vida humana. O réu possui duas condenações transitadas em julgado, sendo uma considerada como maus antecedentes a outra será ponderada na segunda fase da dosimetria. A personalidade do agente é voltada para o crime”, diz parte da sentença assinada pela juíza Graziela Queiroga.

De acordo com os autos, o acusado assassinou sua ex-companheira por motivo torpe, mediante asfixia mecânica e por meio de recurso que dificultou a defesa da vítima. O episódio ocorreu no dia 13 de dezembro de 2020, por volta de 3h, em uma casa localizada na Travessa Antônio Luiz Falcão, no Centro da cidade de Lucena. Ainda segundo informações do processo, o réu, agora condenado, não aceitava o rompimento do relacionamento com Lorrayne. Keneddy Ramon foi a Júri Popular por homicídio qualificado, com a qualificadora de feminicídio.

“O relacionamento do casal foi interrompido pela ofendida, havendo relatos de convivência conturbada devido aos ciúmes e índole possessiva do assacado, tendo a vítima ido morar no Estado de Goiás”, diz a denúncia apresentada pelo Ministério Público e recebida pelo Juízo da 1ª Vara de Cabedelo.

O primeiro registro foi por volta das 21h, quando um homem de 24 anos estava chegando na residência onde mora, no bairro do Cristo, na zona sul de João Pessoa, e foi surpreendido por um veículo com dois ocupantes que abordaram a vítima com tiros de arma de fogo.

A vítima foi atingida em três regiões do corpo e socorrido para a UPA de Cruz das Armas, mas devido a gravidade dos ferimentos, foi transferido para o Hospital de Emergência e Trauma da capital, onde segue internado, com estado de saúde estável.

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