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O descaso, a falta de atendimento e o abandono do Hospital Infantil do Valentina foram alvo das críticas do deputado federal Ruy Carneiro. A unidade administrada pela Prefeitura de João Pessoa vem sofrendo com constantes cenários de superlotação e dezenas de pais afirmam que o tempo de espera para uma simples consulta de emergência tem ultrapassado 12 horas.

Segundo Ruy, esse caos tem colocado em risco a vida das crianças e é fruto do apagão administrativo que há muito tempo está instalado na Secretara de Saúde do Município e na atual gestão da capital.

“A saúde de João Pessoa como um todo está caindo aos pedaços. Grande parte das unidades da cidade sofrem com falta de medicamentos e de profissionais, estruturas precárias e dezenas delas foram interditadas pelos conselhos de medicina e enfermagem. No Hospital do Valentina, recentemente aconteceu até uma morte que está sendo investigada pelo CRM-PB sob suspeita de negligência médica. Não é possível que nenhuma melhoria consiga ser efetivamente implantada depois de mais de dois anos da atual gestão. É um desastre generalizado”, lamentou.

Essa semana, a equipe de jornalismo da Tv Cabo Branco constatou em vários telejornais que um dos problemas no Hospital do Valentina tem sido provocado por conta da redução de médicos para atender a demanda da unidade. O relato de uma mãe identificada como Camila comprova as denúncias.

“Moro no Colinas do Sul, cheguei aqui eram 7h da manhã com meu filho apresentando febre, mas ele só foi medicado às 11h40. Seguimos esperando a tarde inteira e a consulta só veio acontecer às 17h50, quando decidiram colocar meu filho no soro. Outras mães estão passando pela mesma situação, inclusive grávidas e com bebês recém-nascidos. Chamar atenção do prefeito, que olhe por aqui. Isso aqui todo mundo paga”, desabafou.

Além da falta de médicos, nos últimos meses o Hospital do Valentina também foi alvo de constantes denúncias de falta de medicamentos, problemas com a higiene do local e até falta de lençóis para pacientes e acompanhantes. Esses problemas também semelhantes aos que estão sendo registrados nas Unidades de Saúde da Família em diversos bairros da capital.

Assessoria