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O Vice-presidente do Senado Federal, senador Veneziano Vital do Rêgo (MDB-PB) criticou o atual modelo econômico vigente no Brasil, que proporcionou aos bancos privados do país a maior alta da história nos lucros, entre 2021 e 2022. Segundo ele, esta realidade contrasta, infelizmente, com o sofrimento da população, que vive alta nos juros básicos da economia e uma inflação que bate recordes mês a mês.

De acordo com balanços financeiros divulgados pelos três principais bancos privados do país, Bradesco, Itaú Unibanco e Santander Brasil lucraram R$ 69,4 bilhões em 2021. Esse é o maior valor nominal da história, o que representou um crescimento de 34,8% em relação a 2020.

No 1º ano da pandemia, os maiores bancos privados do país haviam lucrado mais de R$ 51 bilhões, segundo o levantamento, que leva em consideração o lucro líquido recorrente (ou gerencial) das empresas, de acordo com reportagem do site Poder 360, produzida com base nos balancetes divulgados.

“O Itaú foi o banco com maior lucro: R$ 28,88 bilhões. Também registrou o maior crescimento em relação ao ano anterior, com 45% de alta. Os três bancos estão listados na B3 (Bolsa de Valores de São Paulo)”, diz a reportagem.

Veneziano disse que esta realidade contrasta com o outro lado da moeda, o da população brasileira, pois, enquanto os bancos lucram, o povo sofre com alta nos juros e uma inflação que aumenta mês a mês. “Isso é fruto de uma política econômica nefasta, que pune o cidadão brasileiro e privilegia essa minoria. Fica muito evidente a necessidade de se mudar esse contraste”.

Ele lembrou ainda que a taxa de inflação elevada é fruto de vários fatores, dentre eles a política de reajustes nos preços dos combustíveis atrelada ao dólar. “Como tudo no Brasil depende dos combustíveis, com os sucessivos aumentos permitidos pelo governo, que é o principal acionista da Petrobras, o aumento no preço do frete é imediato. A partir daí, tudo aumenta”, afirmou o Vice-presidente do Senado.

Veneziano disse que essa sucessão de aumentos ocasiona, por exemplo, altas nos preços dos gêneros alimentícios que compõem a cesta básica. “Isso leva o cidadão brasileiro, que sofre as consequências do desemprego em índices estratosféricos, a ter que se virar para a sua manutenção e da sua família”, finalizou Veneziano.