O entrevistado na tarde desta segunda-feira (06) no Arapuan Verdade foi o procurador da Fazenda Nacional e pastor Sérgio Queiroz. Ele fez parte do governo de transição de Bolsonaro (PL) e posteriormente assumiu um cargo na secretaria de Direitos Humanos. Sérgio contou a história política de sua família no Ceará antes de responder se vai ou não disputar um cargo nas eleições do ano que vem. “Política sempre passeou dentro das minhas indagações”, destacou Sérgio.
No entanto, para ele, a ambição de entrar na política ficou no caminho. “Quando entendi meu chamado pastoral, passei a entender que poderia mudar o mundo em cada coração. Minha ida pra Brasília tirou o Sérgio da minha vida de auditor e fui cuidar da reconstrução do governo, a melhor fase foi a de transição de governo”.
Sergio Queiroz ponderou que sair de sua função atual para ingressar na política acabaria por ‘polarizar’ sua trajetória. “Essa questão política não é um terreno que eu caminharia de maneira displicente. Eu nunca sequer preenchi ficha de filiação de partido, porque fiz um juramento ético de não misturar as coisas. Hoje eu prego aos domingos para flamenguistas e vascaínos, então eu me polarizaria”.
Ainda segundo ele, para ingressar na política, “várias barreiras teriam que ser derrubadas” e continuou: “da consciência pessoal, família, meu mentores, lideranças do mundo religioso, colegas procuradores e o que Brasília [Bolsonaro, o partido] pensa sobre isso”.
Sérgio destacou ainda que não se enxerga disputando um cargo Legislativo e defendeu uma mudança no sistema político: “Precisamos de reformas profundas no sistema político brasileiro. Reeleição de deputados tem que ter limites, se o mandatário maior da nação só se reelege uma vez, por que não deputados, senadores? E também o Supremo Tribunal Federal, que são indicações políticas”.
Ele comentou ainda a sua relação com o presidente da República e seu ex-ministro Sergio Moro. “Minha relação com Moro foi muito protocolar, ele é muito protocolar, de pouca conversa”. Quanto a Bolsonaro, “ele não tinha experiência Executiva, como a Dilma não tinha a diferença é que o escolheram como alguém que iria contrariar interesses já postos durante décadas e agora demonizam”, completou.
Voz da Paraíba