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O ex-advogado-geral da União e indicado pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) a uma vaga no STF (Supremo Tribunal Federal), André Mendonça, defendeu nesta quarta-feira (1) a democracia e o Estado laico. Ele foi escolhido por ser “terrivelmente evangélico”, conforme o presidente. “Na vida, a bíblia. No Supremo, a Constituição”, disse durante fala inicial de sua sabatina.

“Faz-se importante ressaltar a minha defesa do Estado laico. A igreja presbiteriana a qual pertenço, uma das diversas igrejas evangélicas do nosso país, nasceu no contexto da reforma protestante. A laicidade é a neutralidade a não perseguição e a não concessão de privilégios por parte do estado em relação a um credo especifico.”

Em seu discurso no começo da sabatina, Mendonça também se comprometeu a defender a democracia e a respeitar os limites dos Poderes “sem ativismos ou interferências indevidas”. Também disse que tem compromisso com a imparcialidade do juiz. “Juiz não é acusador, e acusador não é juiz”.

“Entendo que o poder judiciário deve atuar como agente pacificador de conflitos sociais e garantidor da legítima atuação dos demais poderes, sem ativismo ou interferências indevidas nesses”, disse.

A relatora da indicação de Mendonça, Eliziane Gama (Cidadania-MA), declarou mais cedo, nesta quarta-feira (1), acreditar em uma aprovação tranquila do ex-AGU tanto na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça), onde precisa da maioria dos votos dos presentes, como no plenário, onde precisa de ao menos 41 votos para ser aprovado.

Em seu relatório para a CCJ, Eliziane Gama escreveu que a sabatina serviria para superar “preconceitos” contra evangélicos, “muitos deles artificiais e reforçados pelas falas enviesadas” do presidente Jair Bolsonaro.

(* Com informações do Poder360)