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Na semana passada, o procurador Deltan Dallagnol confirmou que está deixando o Ministério Público para ingressar na política. O caminho é o mesmo seguido pelo ex-juiz federal Sergio Moro que, ainda em 2018, deixou a Polícia Federal para ser ministro do Governo Bolsonaro e agora está se filiando ao Podemos para concorrer nas eleições do ano que vem.

A decisão de Dallagnol de entrar na disputa já no ano que vem visa driblar a nova legislação eleitoral, que proíbe magistérios de ingressarem de imediato na política, exigindo uma “quarentena” de 5 anos. A medida, no entanto, não vale para as próximas eleições.

Com o ingresso de dois dos principais nomes da Operação Lava Jato na política, o deputado estadual Anísio Maia (PT) avaliou dizendo que “agora, vão fazer política de forma aberta”. Anísio comentou que ambos já faziam política antes e utilizaram a Operação para seus fins políticos e midiáticos. “Era tudo combinado. Eles se prontificavam a fazer política, trabalhavam com política às escondidas. A Lava Jato era um partido político clandestino”, disse.

Ele ainda ironizou o procurador : “Quero entender uma coisa: cadê o amor que Dallagnol dizia ter pelo Ministério Público, acabou-se? Ele usou um cargo público, institucional, para o qual não havia sido eleito, para fazer política tendenciosa, julgamento parcial”, comentou, se referindo ao julgamento do ex-presidente Lula.

No mês de março deste ano, o Supremo Tribunal Federal (STF) declarou como parcial o julgamento do ex-presidente Lula por parte do ex-juiz Sergio Moro. Ainda em 2019 a investigação conhecida como “Vaza Jato” divulgou conversas comprometedoras da relação incestuosa entre Moro e Deltan Dallagnol, juiz e procurador do julgamento, respectivamente.

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