A Polícia Rodoviária Federal (PRF) na Paraíba em operação conjunta com o Ministério Público do Trabalho (MPT) e órgãos públicos de Vigilância Sanitária identificaram um sítio em que trabalhadores eram mantidos em situação análoga à escravidão.
A operação iniciou quando duas mulheres que trabalhavam da plantação de frutas fizeram uma denúncia ao MPT. Elas realizavam o manuseio de agrotóxicos para pulverização da plantação quando passaram mal, sendo necessário saírem do sítio para receberem atendimento médico, momento em que aproveitaram a oportunidade para realizar a denúncia.
O Ministério Público do Trabalho e os órgãos de Vigilância Sanitária tentaram realizar a fiscalização do sítio, mas encontraram dificuldades. Os policiais do Comando de Operações Especiais (COE-PB) e Grupo de Patrulhamento Tático (GPT) da PRF em Campina Grande foram chamados para prestar apoio aos órgãos e facilitar a fiscalização.
Chegando ao local da denúncia, foi constatado que 14 pessoas trabalhavam em situação análoga à escravidão, dentre elas uma criança de nove anos que pilotava uma motocicleta pulverizadora. No lugar, não havia condições mínimas de higiene e estadia. As instalações onde os trabalhadores dormiam eram precárias e as condições de realização do trabalho eram inseguras. Os proprietários do sítio traziam trabalhadores do estado da Bahia com a promessa de emprego digno.
Todas as pessoas identificadas como trabalhadores em condições análogas à escravidão foram resgatas, receberam o apoio necessário e breve voltarão para suas casas na Bahia. Três pessoas, que são sócios do empreendimento, foram autuadas e deverão responder de acordo com as normas jurídicas que regem as relações entre empregados e empregadores.
A Polícia Rodoviária Federal permanece vigilante para cumprir a missão de promover a prosperidade da Nação, atuando de forma integrada com outros órgãos em defesa da dignidade dos trabalhadores brasileiros.
PRF