“Meu corpo é saudável, não tive nenhum problema” é com essa frase que o deputado estadual paraibano Cabo Gilberto vem sustentando a sua decisão de não se imunizar contra a covid-19 até agora. Porém, após decisão da Assembleia Legislativa da Paraíba aprovada ontem – sob forte argumento contrário do referido parlamentar – todo deputado e servidor que irá adentrar a Casa de Epitácio Pessoa a partir da semana que vem, terá que ter tomado pelo menos uma dose de vacina.
O projeto de resolução foi aprovado em sessão tumultuada, com apresentação de várias emendas ao texto de autoria do presidente da Casa, Adriano Galdino (PSB), tendo sido 3 aprovadas, entre elas uma que dá um prazo de 30 dias para que servidores e deputados possam se imunizar antes do corte dos salários.
Um impasse porém pode ser vislumbrado pelo parlamentar, caso este queira retornar de forma presencial aos trabalhos na ALPB e receber mensalmente o seu salário: o único imunizante disponível através do Plano Nacional de Imunização (PNI), com o prazo de aplicação da segunda dose para 28 dias, ou seja, que permitiria o parlamentar continuar recebendo seus proventos, é a Coronavac, que ele, como fiel seguidor do presidente Bolsonaro, rejeita mais do que a outras vacinas.
A linha é defendida por vários bolsonaristas por dois fatos: o envolvimento do governador de São Paulo, João Dória (PSDB), no processo de fabricação, e o fato de ser desenvolvido em um país que se apresenta como comunista. Os ataques ao imunizante foram feitos por vários membros do governo e, inclusive, pelo presidente da República e seus filhos em várias oportunidades.
Com a decisão tomada pela maioria dos deputados, caso Cabo Gilberto insista em sua decisão de não se vacinar e quiser frequentar a Casa, assumindo plenamente a função de líder da oposição, terá que conseguir uma liminar na Justiça.
PB Agora com Blog do Suetoni