Um vídeo do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), de 2016 está viralizando na Internet. Tudo porque o parlamentar aparece num posto nos Estados Unidos protestando ao lado de uma mulher contra o preço do litro da gasolina no Brasil que à época estava em torno de R$2,50. Atualmente, o litro do combustível está em cerca de R$ 7 em alguns estados brasileiros como o Rio Grande do Sul e Acre.
“Agora você está pagando o preço da (operação) Lava Jato, lá da corrupção do pessoal que desviou dinheiro da Petrobras”, disse Eduardo – um dos filhos do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), no vídeo que foi postado em seu canal oficial do YouTube.
O preço da gasolina comum já ultrapassou R$ 7 no Rio Grande do Sul e chegou a R$ 6,99 o litro no Acre na semana passada, segundo a pesquisa semanal da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). O preço médio praticado em todo o País, de R$ 5,866, subiu 0,22% entre os dias 8 e 14 de agosto (últimos dados disponíveis) e acumula alta de 0,60% no mês. Para especialistas, o dólar tem grande influência nesse comportamento, mas outros fatores também influenciam.
Os derivados de petróleo sobem sempre que o câmbio sofre desvalorização (ou seja, o real fica mais barato) e o preço do barril aumenta, explica o diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE), Adriano Pires. Ontem, o dólar à vista fechou a R$ 5,3848, e o petróleo brent negociado em Londres para outubro fechou a US$ 65,18 o barril. “Estamos vivendo um período eleitoral e há uma confusão muito grande no governo. Acho que vai continuar tendo uma pressão via câmbio”, afirmou.
Na composição do preço da gasolina, a fatia da Petrobras é a maior, com 32,9%. A companhia detinha 98% do mercado de refino até 2019, quando se comprometeu com o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) a vender metade de suas refinarias. Por enquanto, a única que já foi vendida é a da Bahia, que ficou com o Mubadala, o fundo soberano dos Emirados Árabes.
UOL