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Com as especulações que têm ganhado o cenário político no estado, algumas bem improváveis, as reações são comuns. Um encontro recente entre o senador Veneziano Vital (MDB) e o ex-governador Cássio Cunha Lima (PSDB) já foi motivo para começarem as perguntas sobre o teor da conversa. De imediato, já foi lançada a chapa entre os dois, mesmo sem confirmação nenhuma. Dias depois, tudo foi desmentido e Cássio, junto ao PSDB, sinalizou apoio a Romero Rodrigues (PSD).

Mas o assunto ainda rende e foi usado como exemplo pelo deputado estadual Hervázio Bezerra (PSB) ao comentar alianças para as eleições do ano que vem. Em entrevista na quarta-feira (18), ele avaliou que a união de dois políticos historicamente rivais e com posicionamentos opostos seria apenas eleitoreira e, em pouco tempo, seria desfeita. Hervázio apontou que existem vários exemplos que seguiram esse roteiro. Um deles envolve o próprio tucano e sua aliança com o também ex-governador Ricardo Coutinho (PSB), que não se manteve após a eleição.

“Em política ganhar ou perder é consequência, o ruim é ganhar pra perder e o que é isso, é você achar que venceu a eleição, apostou, trabalhou, lutou de repente ganha e tome o cotovelo, são ‘n’ exemplos neste sentido”, citou o deputado, que é pai do vice-prefeito da Capital, Leo Bezerra.

Vice-presidente do Senado, Veneziano faz parte da base aliada de João Azevêdo (Cidadania), assim como Hervázio. Recentemente, o senador mostrou descontentamento com a forma como o MDB estaria sendo tratado e logo foi motivo para ser apontado um rompimento. As conversas com o ex-prefeito de João Pessoa, Luciano Cartaxo (PV), e com a executiva nacional do PT, contribuíram para a narrativa. Hervázio tratou de indicar que a melhor opção para Veneziano é seguir com João. Do contrário, seria “ganhar para perder”.

“Se Cássio ganhar uma eleição com ele e Veneziano, tenha certeza que não passaria dois meses, teria o rompimento e isso é ganhar pra perder. Se Veneziano apoiar Cássio, a mesma coisa, porque tem algumas coisas na política que não tem como contrariar a natureza”, avaliou o deputado estadual.

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