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O PSDB encontrou uma solução para retaliar os 14 deputados federais da bancada que descumpriram a orientação partidária e votaram a favor da PEC do voto impresso, na noite da terça (10), sem puni-los internamente. Mas o partido avalia retaliar esses parlamentares de outra maneira: dará um “bônus” do fundo eleitoral aos 17 deputados que seguiram a decisão da Executiva.

A direção da legenda se reuniu antes da votação e decidiu fechar questão contra a proposta da deputada Bia Kicis (PSL-DF), e defendida pelo presidente Jair Bolsonaro. Isso significa que os deputados poderiam ser até expulsos do partido por “justa causa”. Assim, o PSDB continuaria sendo “dono” do mandato.

Entre os que votaram pelo voto impresso estão dois paraibanos: Edna Henrique e Ruy Carneiro. Apenas Pedro Cunha Lima, presidente estadual do partido, seguiu a orientação da legenda.

O deputado Lucas Redecker (RS), que coordena a campanha do governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, nas prévias tucanas que vão definir o candidato do partido à Presidência em 2022.

“Se a Executiva não tomar providências, o partido vai ser desmoralizado. Esses deputados descumpriram uma cláusula estatutária. O PSDB deve expulsá-los imediatamente e pedir o mandato”, disse o presidente do PSDB paulistano, Fernando Alfredo. Nenhum deputado tucano paulista votou a favor da PEC bolsonarista.

O presidente do PSDB, ex-deputado Bruno Araújo (PE), fez uma ofensiva junto aos parlamentares para virar votos. A expectativa inicial era que a ampla maioria da bancada, de 32 deputados, votassem pelo voto impresso. No placar final, a PEC do Voto Impresso teve 229 votos favoráveis e 218 contrários. Eram necessários 308 para que fosse aprovada.

Voz da Paraíba com informações do UOL