Após criticar por diversas vezes os programas sociais criados na época dos governos petistas, a equipe econômica do governo anunciou na segunda-feira o Auxílio Brasil, novo benefício social que vai substituir o Bolsa Família. A medida provocou reação entre membros do Partido dos Trabalhadores (PT), porém, o partido não vai votar contra um aumento do novo benefício no Congresso Nacional. As informações são da CNN.
O PT entende que é inviável politicamente para o partido se posicionar dessa forma em relação a um programa que criou e agora é reformulado no governo de Jair Bolsonaro (sem partido). No entanto, a sigla quer relembrar ataques do presidente ao Bolsa Família. Em diversas declarações ao longo da vida política, incluindo quando era deputado e candidato à Presidência, Bolsonaro criticou o programa social e até chegou a chamá-lo de “bolsa farelo”.
Para o PT, o momento é de explorar o histórico do presidente com o benefício para alegar que Bolsonaro agora faz oportunismo eleitoreiro com o novo programa. Com aval do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, foi criado um grupo para estudar não só a medida provisória, como também a PEC que vai viabilizar os recursos para Auxílio Brasil. O grupo é chefiado pela ex-ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello, que é economista.
O partido pretende denunciar o que está chamando de desmonte da estrutura do Bolsa Família e, para a presidente da sigla, Gleisi Hoffmann, o Auxílio Brasil praticamente acaba com o Cadastro Único de beneficiários e desfigura os principais eixos do programa original, que permitiam que ele funcionasse há quase duas décadas.