Compartilhar

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) discursou, neste domingo (1º), para manifestantes que promoviam ato em favor do voto impresso nas eleições de 2022, em João Pessoa. De maneira remota, através de uma videochamada com o deputado estadual e líder da oposição na Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB), Cabo Gilberto (PSL), Bolsonaro voltou a defender o voto “contado”.

“Queria parabenizá-los pela iniciativa de lutar por eleições limpas e democráticas. A alma da democracia é o voto, mas é o voto contado para o seu candidato, contado de forma transparente. Não pode ser mais uma maquininha [urna eletrônica] que simplesmente diz o resultado final das eleições, maquininha essa que não pode ser auditada”, disse.

Ele também atacou, primeiramente sem citar nomes, o Supremo Tribunal Federal (STF), ao citar que foram os ministros que “tiraram o bandido da cadeia, o tornando elegível”, ao se referir ao ex-presidente Lula (PT), que teve os processos da Operação Lava-Jato anulados pelo STF.

“Vocês bem sabem que aqueles que tiraram aquele bandido da cadeia e o tornaram elegível são esses mesmos que querem contar de forma secreta o voto de vocês. O voto de vocês, o voto do povo brasileiro, é sagrado e tem que ser respeitado. Por isso, a contagem pública dos votos, bem como a impressão dos mesmos ao lado da urna eletrônica é condição para acreditarmos na democracia”, prosseguiu.

Posteriormente, Bolsonaro citou o ministro e presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Luís Roberto Barroso, ao dizer que se as manifestações que ocorreram neste domingo não forem o suficiente, irá promover um ato em São Paulo para dar um “recado final” ao ministro sobre a intenção do povo, que em sua percepção, é a adoção do voto impresso.

“Eu repito o que já falei em Brasília, Belo Horizonte, Curitiba, Londrina, Recife e São Paulo. Se essa manifestação de vocês não for suficiente para mudar o que o povo quer por ocasião das eleições do ano que vem, eu já me voluntariei junto àquelas da capital do maior estado do Brasil, mais populosa, que é São Paulo, para comparecer em uma reunião pública lá na Avenida Paulista, para darmos o recado final ao ministro Barroso de que o que o povo quer nós temos que fazer. Depois desse último recado será a palavra final de como deve ser contado os votos das eleições do ano que vem. Ganhe quem for”, disse.

Assista o pronunciamento:

Polêmica Paraíba