O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou à coluna da Mônica Bergamo na Folha de S. Paulo ser “muito provável” que a pasta diminua o intervalo entre as duas doses da vacina da Pfizer contra a Covid-19 para 21 dias. Atualmente, o hiato é de três meses.
O prazo de 21 dias é o previsto na bula do imunizante, mas a pasta decidiu ampliá-lo para imunizar mais pessoas com a primeira dose em um período de tempo menor. Segundo Queiroga, a decisão também foi motivada pela incerteza sobre a quantidade de doses que o país receberia neste ano.
“Naquele momento, não tínhamos certeza da quantidade de doses de Pfizer que receberíamos neste ano e optamos por ampliar o número de vacinados com a primeira dose. Mas agora temos segurança nas entregas e dependemos apenas da finalização do estudo da logística de distribuição interna dos imunizantes para bater o martelo sobre a redução do intervalo da Pfizer para 21 dias”, assinalou o titular da Saúde.
Segundo o ministro, as simulações de logística estão sendo finalizadas. Assim, caso a capacidade de logística seja confirmada, mesmo sem eventual antecipação do cronograma de entregas da Pfizer, será possível reduzir o intervalo.
A previsão é que, até dezembro, mais 100 milhões de doses sejam entregues ao Brasil.
“As coisas estão evoluindo nesse sentido [de redução do intervalo]”, ressalta Queiroga. “Em breve teremos a definição”, completa.
A vacina da Oxford/AstraZeneca, no entanto, ainda terá o intervalo de três meses, o previsto pela farmacêutica como ideal na bula. Queiroga afirma que ainda faltam estudos para comprovar que a redução no intervalo pode ser feita.
No domingo (25/7), o Ministério da Saúde informou que enviará, nesta semana, mais 10,2 milhões de doses de vacinas contra a Covid-19 aos estados. A pasta, contudo, não tem previsão do dia exato.
Metrópoles