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O secretário estadual de Saúde, Geraldo Medeiros, se disse contrário à liberação de público nos estádios de futebol no Estado neste momento, como desejam os prefeitos de João Pessoa, Cícero Lucena (PP), e de Campina Grande, Bruno Cunha Lima (PSD). Geraldo disse que o estádio de futebol tem um ambiente favorável à disseminação do vírus e que uma volta mais segura seria possível apenas em outubro.

“Nós estamos ainda com um Rt [taxa de transmissibilidade] no país de 0,95, ou seja, 100 pessoas contaminadas contaminam outras 95. Então diante desse cenário e da previsão da chegada à Paraíba da variante delta, que inexoravelmente deverá estar chegando, a secretaria estadual de saúde, e eu pessoalmente, acho que nós deveremos aguardar um pouco mais para adotar medidas de aglomeração”, disse.

“No ambiente de estádio de futebol pessoas se aglomeram, gritam, se abraçam. É um ambiente propício para a disseminação do vírus. Por isso que nesse momento, no nosso cenário, acho mais prudente esperar um pouco”, continuou. Para o secretário, uma abertura dos portões dos estádios de forma segura poderia ser analisada para outubro.

Perguntado ainda se uma possível flexibilização dos decretos municipais de João Pessoa e Campina Grande para o retorno do público nos estádios geraria uma nova “briga judicial”, como ocorreu meses atrás por conta da liberação do funcionamento de academias, Geraldo afirmou que irá se reunir com os gestores para que haja um entendimento.

“Não. Nós vamos dialogar com os prefeitos para entrar em um entendimento”, respondeu.

Na última semana, o prefeito de João Pessoa, Cícero Lucena sinalizou para a possibilidade de abrir o público no estádio Almeidão em até 20% de sua capacidade, que é de aproximadamente 25 mil pessoas. A flexibilização poderia acontecer já no próximo decreto municipal, no fim de julho.

Já Bruno Cunha Lima se reuniu nesta terça-feira com a presidente da Federação Paraibana de Futebol (FPF), Michelle Ramalho, e os presidentes de Treze, Campinense e Perilima, para discutir a possível abertura dos portões para a presença de torcedores em jogos oficiais na cidade. A previsão seria de aproximadamente 10% da capacidade dos estádios, com possibilidade de ser flexibilizado no próximo decreto municipal.