O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta 4ª feira (21.jul.2021) que fará uma “pequena mudança ministerial” na próxima semana. Deu a declaração em entrevista à rádio Jovem Pan Itapetininga.
“Estamos trabalhando inclusive em uma pequena mudança ministerial, que deve ocorrer na 2ª feira (26.jul) para ser mais preciso, para a gente continuar administrando o Brasil”, disse.
Bolsonaro decidiu ontem (20.jul.2021) à tarde fazer as seguintes mudanças:
- Casa Civil – entra o senador Ciro Nogueira (PP-PI), no lugar do general Luiz Eduardo Ramos;
- Secretaria Geral da Presidência – entra o general Ramos no lugar de Onyx Lorenzoni;
- Ministério do Emprego e da Previdência Social – pasta será criada (desmembrada da Economia) e entregue a Onyx.
Com essa decisão, Bolsonaro finalmente coloca na Casa Civil, 2 anos e meio depois de tomar posse, um político. Ciro Nogueira é visto como um dos mais fieis senadores ao Palácio do Planalto. Sua principal função será dar uma feição de mais articulação com o Congresso do que propriamente comandar os ministérios.
A Câmara dos Deputados está atendida hoje com várias posições dentro do governo e com a boa relação entre Bolsonaro e o presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL). Já no Senado, apesar do entendimento entre Bolsonaro e o presidente da Casa Alta, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), há pouca interlocução geral –e a CPI da Covid é um dos exemplos mais marcantes, sempre beligerante conta o Planalto. A ida de Ciro Nogueira para a Casa Civil visa a tentar resolver esse problema.
O presidente disse na entrevista desta 4ª feira que tem “uma enorme responsabilidade” e que seu trabalho é cheio de dificuldades.
“Sabia que não ia ser fácil, mas realmente é muito difícil”, declarou.
Bolsonaro ouviu as sugestões de troca tanto de políticos do Centrão –grupo do qual Ciro Nogueira é um dos expoentes– como de Fábio Faria, ministro das Comunicações e um dos mais ativos articuladores políticos do presidente.
Ontem à tarde, a decisão foi tomada num encontro com Bolsonaro do qual participaram, de maneira às vezes alternada, Fábio Faria, Onyx Lorenzoni, Luiz Eduardo Ramos, Tarcísio de Freitas (Infraestrutura) e Paulo Guedes (Economia). Atuou também ativamente no processo José Vicente Santini, que é secretário-executivo da Secretaria Geral da Presidência da República.
Poder360