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Mesmo ainda não estando à frente do Hotel Tambaú, aguardando a decisão final da Justiça, o advogado Rui Galdino, preocupado com o estado de abandono que se encontra o Hotel, contratou uma equipe para fazer a limpeza de toda a parte externa do hotel.

A redação do Polêmica Paraíba, o advogado contou que não suportou ver tudo abandonado e destruído: “um verdadeiro matagal e muita sujeira. Como arrematante e mesmo sem a posse ainda, tive que tomar providências”, disse.

O paraibano ainda disse que está com uma liminar a seu favor e aguardando a decisão final da justiça do Rio de Janeiro para assumir o Hotel.

“Se Deus quiser vamos assumir o hotel em breve, reformá-lo por completo e reabrir para o turismo local, regional e internacional”, completou.

Entenda a história: 

Após mais de 40 anos de história, um dos maiores cartões postais da Paraíba começou a viver  um momento difícil. O Hotel Tambaú foi a leilão para o pagamento de dívidas da massa falida da rede de hotéis da qual o Tambaú faz parte, que originalmente pertencia ao grupo Varig.

A Varig foi a maior companhia área do país. O grupo fez o último voo comercial em novembro de 2009. No ano seguinte, em 20 de agosto de 2010, o Poder Judiciário decretou a falência da antiga Varig e de mais duas empresas do grupo, a Rio Sul Serviços Aéreos Regionais e a Nordeste Linhas Aéreas.

Vários bens do grupo já foram leiloados para pagar os credores. Em novembro de 2013, o Tribunal de Justiça do Rio arrecadou R$ 28 milhões num certame em que foram oferecidos 52 imóveis, sete veículos, equipamentos de escritório e de aviação, além de lotes de obras de arte.

Após muitas polêmicas e algumas tentativas de leilão,  o grupo A. Gaspar do Rio Grande do Norte, arrematou o Hotel em Fevereiro deste ano.

Ruy Gaspar, até então proprietário do hotel, disse que iria investir R$ 60 milhões na reforma e incremento do Tambaú Hotel. O empresário Ruy P. Gaspar, revelou que o grupo pretendia transformar todas as unidades habitacionais em nível cinco estrelas e adotar o serviço de all inclusive premium, no mesmo modelo empregado no Ocean Palace. A reabertura do hotel está prevista para setembro deste ano e cerca de 300 profissionais devem ser contratados, 95% paraibanos.

Após muitas polêmicas e desencontros, em abril deste ano o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro proibiu que o Juiz da quarta vara empresarial do Rio emitisse a carta de arrematação para o até então arrematante, grupo A. Gaspar.

A decisão foi tomada baseada no horário que o lance foi dado, que como mostra o documento, o lance foi feito fora do horário do Leilão.

A decisão caracteriza uma provável vitória do paraibano Rui Galdino, que foi uma das pessoas a participar do leilão e o penúltimo a dar um lance.

Além desta decisão, há mais duas ações correndo na justiça contra o arrematante do Hotel. Uma se refere a suspeitas de que o Grupo Gaspar não fez o pagamento obrigatório do caução para participar do leilão. A outra dá conta de que o Grupo deu um lance informando que pagaria o Hotel a vista, dias depois o arrematante informou ao juiz que pretendia pagar em 80x.

Polêmica Paraíba