O presidente Jair Bolsonaro prometeu vetar trecho da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) aprovada pelo Congresso que prevê aumento do Fundo Eleitoral de R$ 2 bilhões para R$ 5,7 bilhões. “Vou vetar o fundão, tá?”, disse logo antes de se despedir dos apoiadores na saída do palácio da Alvorada na manhã desta terça-feira, 20.
Parlamentares da base aliada têm sido duramente criticados por votarem favoravelmente ao texto que estabelece o reajuste da verba à qual os partidos teriam acesso para financiar campanhas.
Bolsonaro se queixou dos ataques hoje em entrevista à Rádio Itatiaia ao dizer que a aprovação da LDO era de interesse do governo. Eu precisava da aprovação da LDO, Lei de Diretrizes Orçamentárias, e os parlamentares que votaram favorável foram rotulados como se tivessem votando essa majoração do fundão, coisa que não é verdade”
No entanto, os governistas não apoiaram a iniciativa do Novo de destacar a proposta do Fundo Eleitoral, para que fosse votada separadamente. O aumento dos recursos para financiamento de campanhas é de interesse dos setores fisiológicos do Congresso, aos quais o Planalto se aliou desde as eleições para a Câmara e o Senado ao dar apoio aos atuais presidentes das Casas, Arthur Lira (PP-AL) e Rodrigo Pacheco (DEM-MG), que fazem parte desta ala.
Na noite desta segunda-feira (19) em entrevista à TV Brasil o presidente já havia se queixado do valor exorbitante.
“O valor é astronômico. Mais R$ 6 bilhões para se fazer campanha eleitoral. Imagina na mão do ministro (da Infraestrutura) Tarcisio (Gomes) esse dinheiro? Poderia ter concluído Porto-Velho-Manaus, que é anseio da população do Amazonas. A bancada do Amazonas, de Rondônia, com toda certeza, poderia até sugeri-los aí. Poderíamos recapear parte considerável da malha rodoviária”, afirmou Jair Bolsonaro.
Correio Braziliense