A sucessão da presidência da Ordem dos Advogados do Brasil seccional Paraíba (OAB-PB) gerou um novo capítulo nesta semana. A presidente da Caixa de Assistência dos advogados em Campina Grande (CAA-CG), Veruska Cavalcante, foi exonerada do posto após a mesma declarar apoio à candidatura da advogada Maria Cristina Santiago, primeira mulher a se candidatar à presidência da OAB-PB. A ordem pela mudança teria partido de Assis Almeida, presidente da Caixa de Assistência dos Advogados do Estado da Paraíba (CAA-PB).
Segundo informações, Assis teria provocado a mudança a pedido do presidente da OAB-PB, Paulo Maia, o que gerou uma crise e até renúncias de advogados.
O advogado Otto Rodrigo Cruz, por exemplo, disse à redação do Polêmica Paraíba que está se desligando da Comissão Nacional de Educação Jurídica em solidariedade a Veruska. Ele era membro da comissão desde 2017 e comunicou nesta sexta-feira (9) o seu desligamento. Otto já havia declarado apoio a Maria Cristina.
“Entreguei hoje pela manhã. Após essa demonstração de apoio, ela [Versuka] foi exonerada da função dela na Caixa de Assistência. Eu me senti na obrigação de prestar essa solidariedade e entregar. Se o perfil político da gestão vai ser esse, antes de eles exonerarem eu já estou entregando”, disse.
Perguntado se a decisão partiu de Assis ou de Paulo, Otto disse não ter conhecimento: “Se a decisão foi de Assis ou de Paulo Maia, eu não sei. Eu quero acreditar que não passou por Paulo. Eu conheço Paulo Maia, sei as posições que ele toma e acredito que essa decisão não tenha passado por ele”, finalizou.
Procurado também pela redação, a advogada e candidata Maria Cristina lamentou a exoneração.
“Após ela manifestar o apoio, em uma atitude completamente antidemocrática, que vai de encontro aos princípios que devem nortear qualquer conduta dentro da Ordem, ela foi exonerada como uma forma de retaliação. Isso é muito triste e apequena a Ordem”, disse.
Ela, que é candidata de oposição ao grupo do presidente Paulo Maia, também não tem conhecimento de quem partiu a ordem da exoneração.
“Eu não tenho conhecimento de onde partiu […]. De uma hora para outra ser exonerada em razão de um posicionamento político não deveria ser uma conduta dentro da Ordem”, prosseguiu.
A redação tentou entrar em contato com o presidente da Caixa de Assistência dos Advogados do Estado da Paraíba, Assis Almeida, e com o próprio presidente da OAB-PB, Paulo Maia, mas não obteve retorno até o fechamento desta matéria. O espaço segue aberto para ambos.
Polêmica Paraíba