Como diz o ditado, “cada cabeça é um mundo”, e claro, cada pessoa tem sua opinião sobre determinados assuntos, foi por isso que os ex-parceiros de bancada no programa Meia Dúzia de 3 ou 4, Flávio Lúcio e Derval Golzio promoveram uma discussão em uma rede social.
A briga se deu início após o comunicador Flávio Lúcio postar em seu facebook uma notícia de 2017, onde fala sobre o recorde de lucro dos banqueiros e o endividamento dos trabalhadores no governo Lula. Na legenda ele escreveu: “O governo Lula foi uma festa. Para os banqueiros”.
Em total discordância, Derval respondeu a publicação dizendo que espera que este tipo de comentário tenha origem apenas na crença e/ou ideologia.
“Se é um trabalho remunerado, que também fique claro, independente do juízo de valor que um,ou outro adote para o caso!”
Em resposta a Derval, Flávio disparou: “Você é um Canalha, ao invés de contestar o fato apresentado acima, prefere insinuar essa canalhice.”
Derval respondeu ao colega que antes era defensor do ex-presidente Lula, e disse não concordar com o seu posicionamento.
“Porque você postou no Facebook uma informação que não mais votaria no Ciro Gomes por acreditar que falar o que falou sobre Lula não era um procedimento correto. Agora, você mesmo passou a fazê-lo! Que decepção é essa que atropela as convicções e publicações?”, disse.
A briga continuou com Flávio dizendo para que Derval não o ataque como se estivesse se olhando no espelho, e Derval rebate novamente pedindo uma explicação sobre a sua mudança de opinião tão rápida.
Flávio explicou dizendo que teve a ilusão de que Lula sairia da cadeia e estava disposto a “peitar” os banqueiros: “ Estava enganado. Mudei de opinião. O senhor permite?”, escreveu.
O debate continuou, e Derval desmentiu Flávio dizendo que a mudança não foi por isso “Não, Flávio Lúcio, Não foi por isso. Reveja seu post. Você dizia que Ciro não mais teria seu voto porque tinha ideia fixa de destratar Lula, sem base. Republique o post. Faça esse exercício de rememoração! Claro, se o post não foi deletado/apagado. Nele não existe nada de desengano com Lula!”
Após dizer isso, Derval enviou um texto publicado anteriormente por Flávio, onde dizia que não votava em Ciro.
“Segue seu texto, Flávio Lúcio Vieira :
“Ciro Gomes perdeu o rumo de vez e se mostra cada vez menor e mesquinho. Não vai ter jamais a estatura de um Brizola, um Jango ou de um Getúlio Vargas, de quem reivindica continuidade histórica pelo projeto econômico “nacional-desenvolvimentista” que defende. Aliás, fica parecendo que o programa cirista é puro academicismo, uma arma para atacar o PT pela esquerda, já que não faz o menor sentido defender medidas econômicas que visam romper com o neoliberalismo – e com uma clareza que muitas vezes falta ao PT, – e assinar manifesto com neoliberais convictos, sendo que todos eles, sobretudo João Dória e Luciano Huck, defendem o mesmo programa que Paulo Guedes coloca hoje em prática ao lado de Bolsonaro
É uma pena. Ciro contribuiria mais do lado de cá para assegurar uma unidade programática da esquerda. Enquanto isso, a velha direita, que já apoiou os governos do PT, avança na aproximação com Lula e vai cobrar mais concessões, principalmente na “agenda econômica”. Querem de volta o “Lulinha paz e amor” e todo mundo sabe o que isso significa.”
Flávio encerrou dizendo: “pois é, minha crítica a Ciro partia de pressupostos errados, quiméricos: de que Lula, a partir de entrevistas dadas depois da saída da prisão, finalmente iria confrontar o establishment, sobretudo, o financeiro. Mas, não. Foi o contrário. Reuniões com FHC, defesa da abertura de capitais de Furnas, uma única palavra sobre reforma tributária e taxar os mais ricos.”
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