Ciro Gomes, presidential candidate for the Democratic Labor Party, points while speaking to scientists at the Brazilian Society for the Progress of Science, SBPC, in Sao Paulo, Brazil, Tuesday, Sept. 18, 2018. Brazil will hold general elections on Oct. 7. (AP Photo/Andre Penner)
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O ex-governador do Ceará, Ciro Gomes (PDT), afirmou hoje que o atual presidente Jair Bolsonaro (sem partido) nem estará no segundo turno das eleições de 2022. Segundo Ciro, a disputa presidencial será entre ele e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

“Há muito tempo acho que o Bolsonaro não estará no segundo turno. Não sei sequer se estará na eleição. Sairá da cabeça da nação brasileira essa espada que obriga a esquecer todas as contradições do Lula e do PT só para se livrar do mal maior, mais emergente, mais doído, que é a tragédia do genocida e corrupto Bolsonaro”, afirmou Ciro ao UOL Entrevista, conduzido pelo apresentador Diego Sarza e pelos colunistas Tales Faria e Josias de Souza.

“É meu cálculo, minha avaliação, e acredito francamente que o segundo turno é muito provável que seja eu contra o Lula, o que permitirá o país discutir as coisas em outro plano”, disse Ciro Gomes ao UOL Entrevista.

Segundo ele, são jornalistas e políticos que falam sobre centro, direita e esquerda. “O povo brasileiro tem uma inclinação progressista em matéria de economia, e uma tendência mais conservadora em matéria de costumes. Não dá para entender o povo brasileiro com esses critérios [sobre partidos] tão rasos.”

Ciro ainda deu um panorama da atual conjuntura política: “Você tem o Bolsonaro derretendo e o STF (Supremo Tribunal Federal) que devolveu as franquias eleitorais ao Lula. Os partidos foram forçados a antecipar suas decisões e nada está posto. Tudo que parece hoje é muito mais luz do que fogo”.

Ele disse ainda que quer unir o Brasil ao redor de um projeto nacional de desenvolvimento e que tenta uma ampla aliança de centro-esquerda. “O que estou procurando fazer: quero aliança com o DEM, PSD, PSB, Rede, PDT e PV. Se eu vou conseguir ou não é outra conversa”, disse. “MDB não quero nem para ir para o céu”.

UOL