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As mais recentes denúncias de cobrança de propina para a aquisição de vacinas já faz com que interlocutores do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) admitam a saída de Ricardo Barros do cargo de líder do governo na Câmara. Parte do governo, inclusive, avalia que o próprio Barros já deveria ter pedido para sair, enquanto outra parte diz que é preciso esperar pelo menos seu depoimento na CPI da Pandemia, agendado para a próxima quarta-feira (7). As informações são da CNN.

O cenário mudou com as recentes denúncias publicadas pela Folha de São Paulo e pela revista Crusoé de que houve pedidos de propina de integrantes do governo para a compra de vacinas. Na segunda-feira (28), a ideia no Planalto era ignorar as denúncias dos irmãos Miranda e manter Barros no cargo. Agora, sua queda é vista como algo inevitável, embora precise ser construído com a base aliada, em especial com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), de modo a evitar fissuras na relação do Planalto com o Congresso.

A ideia em curso é que o eventual sucessor seja não apenas avalizado por Lira, mas escolhido por ele. Uma maneira de o presidente deixar claro que o afastamento de Barros não vai impactar na relação dele com Lira e de seu governo com o Centrão, eixo principal da base que sustenta o presidente no Congresso. Ainda mais após a apresentação de mais um pedido de impeachment nesta quarta-feira (30), que reúne os 122 pedidos feitos até agora.

Não seria uma tarefa difícil para Lira, apesar de ele ser do mesmo partido de Barros, o PP. Ambos não integram o mesmo grupo nem dentro do partido e muito menos na Câmara.

CNN