“Tentativa de casamento forçado”. Foi assim que o deputado estadual Anísio Maia (PT) durante entrevista ao programa Arapuan Verdade, do Sistema Arapuan de Comunicação nesta sexta-feira (25), definiu as especulações sobre a tentativa do ex-governador da Paraíba, Ricardo Coutinho (PSB), de se filiar ao partido por meio da Executiva Nacional e disputar uma vaga ao Senado Federal em 2022 pela legenda petista.
O socialista se reuniu nesta semana com a deputada federal e presidente do PT em âmbito nacional, Gleisi Hoffmann. Anísio apontou que as consequentes tentativas de filiação de Ricardo lembram uma tentativa de casamento forçado, onde a legenda na Paraíba já rechaçou essa possibilidade e afirmou que não há espaço para ele no palanque.
“Antigamente tinha aqueles coronéis que se uma pessoa paquerasse com a filha dele, ele ia e obrigava a filha dele a casar. Então esse é o caso do que pode ocorrer aqui; como você quer entrar em partido no qual as pessoas dele não quer? Aí vai lá para cima, na nacional, esquecendo que a legenda tem uma base e tenta um casamento forçado. Isso é uma coisa muita antiga e acredito que isso não vá acontecer, porque eu acredito muito no PT”, disse.
Anísio Maia apontou ainda que ontem (24), alguns membros da Executiva Municipal se reuniram para discutir as próximas eleições e nela o nome de Ricardo não foi sequer especulado. Ele afirmou que as tratativas são para trazer o atual governador João Azevêdo (Cidadania) para o palanque de 2022 ao lado do ex-presidente Lula.
“A linha política da nacional, vinda de Lula, é ampliar, procurar mais contatos, abrir os horizontes e não ficar apenas com a mesmice de sempre. Nós temos que discutir com os partidos de esquerda, de centro-esquerda e as pessoas com a mesma característica ideológica. Eu acho que a vinda dessas pessoas [Ricardo] vai restringir o palanque e tenho certeza que vai ter muito problema, então não vamos atrás de problema e sim de solução. E João Azevêdo é a melhor opção, ele abre o palanque de Lula. A outra é o contrário, muito problema, e restringe as possibilidades”, afirmou o deputado.