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Presidente do Todos pela Educação foi a primeira palestrante do Projeto da FUG “O Brasil precisa pensar o Brasil”

“Com a pandemia podemos perder essa geração”, alertou a presidente-executiva do Todos Pela Educação, Priscila Cruz, em debate promovido na segunda-feira (14/6) pelo Conselho Editorial de Publicações (CONEP) da Fundação Ulysses Guimarães. Segundo a especialista, o Brasil demorou um ano para subir 50 pontos no PISA (Programa Internacional de Avaliação de Estudantes), isso antes da pandemia, porém agora os resultados devem cair fortemente.

Para ela, o trabalho de reconstrução da educação brasileira é gigantesco. “Precisamos de um bom plano, bem estruturado, que siga as evidências e abra para inovações, que tenha um alinhamento e visão sistêmica para avançar de forma rápida. Essa ‘geração Covid do Brasil’, nós podemos perder. Precisamos reverter essa trajetória”, disse Priscila.

O debate foi conduzido pelo ex-senador José Fogaça e contou com a participação do presidente nacional da FUG, deputado Alceu Moreira, e dos conselheiros: deputado Raul Henry, ex-deputado Lelo Coimbra, senadora Simone Tebet, senador Confúcio Moura, deputado Gabriel Souza, presidente da FUG-GO Enio Salviano, presidente da FUG-RN George Lall, o gerente de gestão da FUG Guto Scherer e a gerente de Formação Política Elisiane da Silva.

Durante sua explanação, Priscila Cruz fez um resumo sobre a educação básica nas últimas décadas. “Nas últimas três décadas vimos florescer um novo capítulo: a educação virou um direito e ganhou uma relevância que nunca teve na agenda pública brasileira”, afirmou. E ela destacou que com a aprovação do Novo FUNDEB, no ano passado, foi equalizado o investimento na educação. “As diferenças entre os municípios brasileiros, entre as regiões do país, eram muito grandes. Isso ainda continua. Ainda existe uma diferença de 300%, mas sem o FUNDEB essa diferença seria enorme. Contudo esse investimento per capita por aluno no Brasil vem crescendo”, comemorou. Ela também ressaltou a melhoria dos indicadores de aprendizagem, em especial nos anos iniciais do Ensino Fundamental.

“A educação pública no Brasil não é um fracasso. A gente vinha acelerando, precisamos acelerar mais e colocar mais fortemente na agenda. A escola pública reage bem. Saímos em 10 anos de 28% das crianças com aprendizado adequado em 2007 para quase 61% em 2017. Então houve um salto de qualidade em apenas 10 anos. Não vamos precisar de 20, 30 anos, conseguimos dar um salto em menos tempo. O Fundamental I conseguiu isso”, frisou.

Assessoria de Comunicação Social FUG