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Na saga para encontrar um novo partido após fracassar na tentativa de fundar o Aliança pelo Brasil, Bolsonaro segue encontrando dificuldades. Após ter a ida para o Patriota dada como certa, as brigas internas do partido deixam esse caminho mais distante. Agora, dirigentes do PRTB (Partido Renovador Trabalhista Brasileiro) voltaram a procurar o presidente para negociar sua possível filiação ao partido.

As tratativas haviam travado em maio, depois de a presidente nacional da sigla, Aldineia Fidelix, discordar das condições estabelecidas por Bolsonaro para comandar o partido. Desta vez, a cúpula da sigla que abriga o vice-presidente Hamilton Mourão decidiu flexibilizar as condições para atender condições exigidas. “Houve uma contraproposta do PRTB e estamos aguardando a resposta do presidente”, disse um dos principais integrantes da legenda. “A contraproposta atende aos interesses deles”.

Bolsonaro já disse publicamente que pretende chefiar a estrutura da sigla na qual deve disputar a reeleição em 2022. Não quer sofrer reveses como aconteceu no PSL. Em 2 de junho, o presidente nacional do Patriota, Adilson Barroso, disse que Bolsonaro estava prestes a fechar com o partido. Segundo ele, o presidente pediu, em 1º de junho, de 10 a 15 dias para organizar a migração da sua base de apoio para a legenda. O senador Flávio Bolsonaro (Patriota-RJ) se filiou em 26 de maio.

A questão é que um racha se instalou no Patriota nos últimos dias. Integrantes da executiva nacional entraram com um requerimento no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) em 31 de maio contra decisões de Barroso. O 1º vice-presidente da sigla, Ovasco Resende, afirma que o presidente descumpriu a convenção do partido e impôs mudanças para abrigar Jair Bolsonaro e seus filhos na legenda.

Desde 9h desta segunda-feira, a Executiva Nacional do Patriota se reúne em convenção online. Barroso tenta encontrar um acordo com os integrantes opositores da sigla para mitigar as divergências e barrar a judicialização de uma possível filiação do presidente. “O presidente [Bolsonaro] só vem [para o Patriota] se por acaso puder confiar no partido também”, disse o dirigente da sigla no início do encontro.

Poder360