A presidente da Federação Paraibana de Futebol e única mulher a comandar uma federação de futebol no país, Michelle Ramalho se pronunciou nesta segunda-feira (7) sobre o afastamento do presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Rogério Caboclo, pelos próximos 30 dias, após ser denunciado por uma funcionária da entidade de assédio moral e sexual. Em contato com o Globo Esporte Paraíba, Michelle concordou com o afastamento.
“Eu vejo essa situação com muita preocupação, seja em razão das denúncias contra ao presidente, quanto ao próprio momento que passamos no futebol brasileiro”, disse a presidente da FPF.
Advogada de formação, Michelle concordou com o afastamento imediato de Caboclo, para que possa preparar sua defesa contra as acusações. Michelle, classificou como “muito graves” as denúncias de uma funcionária da CBF, que afirmou que Caboclo a chamava de “cadela” e perguntou se ela se “masturbava”.
“As denúncias são graves, muito graves. E devem ser apuradas com devido rigor, mas com respeito ao contraditório e à ampla defesa. A CBF é maior do que quaisquer de seus diretores ou presidentes”, declarou.
“Somos uma confederação com uma boa rede de governança, tanto que já foram adotadas medidas para a superação da crise, como foi o afastamento do presidente para que ele possa se defender. Afinal, a CBF precisa de coesão para enfrentar questões presentes, como a Copa América e as Olimpíadas”, continuou.
Contato próximo com o presidente
Michelle é alinhada com o presidente da CBF, e manteve uma relação próxima com Caboclo nos últimos anos. Em 2019, durante a Copa do Mundo Feminina de Futebol, Michelle foi convidada para chefiar a Seleção Brasileira, e viajou para o país europeu com Rogério Caboclo.
“Já fiz algumas viagens com o presidente Rogério Caboclo. O que posso falar em relação à minha pessoa é que ele sempre se portou de maneira profissional”, disse.
Polêmica Paraíba com GEPB