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Em saída não prevista na agenda oficial, o presidente Jair Bolsonaro deixou Brasília nesta quinta-feira (03), feriado católico de Corspus Christi e foi a uma missa na cidade de Formosa-GO, a cerca de 80 km da capital federal. Não há confirmação oficial da presença dele na missa e não foi baixada, na entrada do Palácio da Alvorada, a bandeira com o Brasão da República. Isso costuma ser feito quando o presidente deixa a residência oficial.

Imagens publicadas em redes sociais mostram Bolsonaro entrando na igreja e, depois, saindo. O material divulgado pelo Poder360 até o momento mostra o presidente usando máscara, menos quando ele estava em cima da motocicleta. Em 1º de junho o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), Edson Fachin, deu 5 dias para o presidente explicar aglomerações sem máscara. O presidente da República promoveu essas situações em diversos momentos ao longo da pandemia.

“O presidente Bolsonaro acabou parar aqui na minha frente”, disse em programa da rádio local 92 FM a repórter Aline Tavares. “Gente, que susto!”, declarou ela. “Entrevista o homem aí, Aline!”, disse o apresentador.

Segundo o relato da rádio, havia movimentação de policiais militares e guardas municipais. Bolsonaro teria saído de moto, seguido por “uma dezena” de outros motociclistas e “seguiu viagem”.

Sob pressão

Bolsonaro vive um de seus piores momentos de popularidade. Segundo Pesquisa PoderData, divulgada em 26 de maio, mostrou que o presidente da República está com 59% de desaprovação, igualando o recorde de sua gestão.

O resultado é influenciado pela CPI da Pandemia no Senado. Apesar de até o momento não ter revelado fato novo e contundente sobre a forma como o governo federal lida com a pandemia, o colegiado tem conseguido espaço no noticiário, uma publicidade negativa para o Executivo. Opositores do presidente fizeram manifestações no fim de semana em diversas cidades do Brasil.

Nesta quarta-feira (2), Bolsonaro fez um pronunciamento em rede nacional. O presidente celebrou a alta de 1,2% do PIB no 1º trimestre, número considerado bom dado o contexto de pandemia. Também afirmou que o país poderá vacinar contra o coronavírus toda a população em 2021.

Manifestantes críticos ao presidente bateram panelas durante o pronunciamento em pelo menos 15 unidades da Federação e no Distrito Federal.

Poder360