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Apesar da “mudança bastante brusca” da direção nacional do PTB, que agora se considera um partido extremamente conservador e apoiador do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), o deputado estadual Wilson Filho (PTB) disse que não está na planos do seu grupo político, a preço de hoje, se desfiliar do partido tão rapidamente.

“O partido tomou rumo diferente do seu estatuto, um rumo bastante atípico, uma mudança bastante brusca. Isso pela lei da fidelidade partidária dá motivo de justa causa. Mas isso a gente vai ver com o tempo. Não está nos nossos planos obrigatoriamente mudar de partido agora”, respondeu.

Wilson reafirmou que a decisão de mudar de partido já foi tomada, inclusive publicamente, e diz que seu pai, o deputado federal Wilson Santiago (PTB), já recebeu propostas de aproximadamente 10 partidos após o imbróglio com o presidente nacional do PTB, Roberto Jefferson, que resultou na destituição de Wilson do comando estadual da sigla.

“São convites de muitos amigos. [Foram] Vários partidos de forma pública. O Cidadania, Democratas, Republicanos, Podemos, Solidariedade, MDB, PSL. A gente tem tempo para tomar essa decisão e nós vamos tomar ouvindo essa turma de amigos, prefeitos, vice-prefeitos, que decidiu seguir o rumo em conjunto”, explicou.

Segundo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), um mandato de vereador, deputado estadual ou deputado federal pertence ao partido, e não ao candidato eleito, estabelecendo assim a fidelidade partidária. Com isso, mudanças de siglas podem levar o político eleito à perda do mandato.

No entanto, existem exceções que os parlamentares podem alegar para a mudança da sigla por justa causa, como por exemplo, a criação de um novo partido, a união entre partidos existentes, discriminação pessoal ou o desvio do programa partidário. Para Wilson Filho, o PTB se enquadra neste último caso, o que daria direito a ele e seu grupo, encabeçado pelo seu pai, o direito de trocarem de partido.

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