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Com apoio de mais de 80 prefeitos pelo estado, Efraim Filho já pede votos como pré-candidato ao Senado. O atual deputado é líder do Democratas (DEM) na Paraíba e também na Câmara Federal. Efraim foi eleito deputado federal pela primeira vez em 2006 e, de lá pra cá, reeleito três vezes, estando no quarto mandato. Com ele, o DEM na Paraíba sempre garantia uma vaga, mas agora ela está ameaçada.

Em 2022, o Democratas ainda não tem um nome forte para concorrer a vaga deixada por Efraim. Alguns nomes eram especulados para concorrer a vaga. O principal era o prefeito de Cabedelo, Victor Hugo, que abriria espaço para Mersinho Lucena ficar com a prefeitura. Mas em entrevista na semana passada, Mersinho confirmou que o jogo já virou. Ele será o candidato a deputado, provavelmente pelo PP, partido do pai e a prefeitura seguirá com o DEM.

O nome para herdar essa cadeira poderia ser o de Efraim Morais. Mas, em entrevista ao Voz da Paraíba, o ex-senador garantiu que não há problemas para o DEM nesse sentido, evitou essa tese e relembrou as eleições para o Senado em 2002, quando era deputado federal.

“Quando eu era deputado federal, disputei contra três ex-governadores, que era José Maranhão, Burity e Wilson Braga, e abri mão de uma reeleição muito tranquila, não fizemos indicação de ninguém [para a Câmara]. Então, essa cogitação, por enquanto, não passa pelo Democratas”, afirmou.

No entanto, uma representação federal é importante para todos os partidos e não é diferente para o DEM. O partido está confiante na candidatura de Efraim para o Senado, por ter saído na frente do seu principal concorrente, Aguinaldo Ribeiro. Mas é sempre importante se preparar para o contrário.

Um problema para o partido pode ser o fim das coligações, em que os partidos precisam, sozinhos, atingir um número mínimo de votos para garantir uma vaga, sem depender da coligação e de outras siglas. A regra que vigorou em 2020 ainda está sendo debatida no Congresso e pode voltar ao que era antes. O que seria uma derrota para o sistema eleitoral.

No ano passado, o Democratas se tornou o terceiro maior partido da Paraíba em número de prefeitos, elegendo 25 no total. Foi um dos que mais cresceu nesse quesito, se comparado a 2016, quando elegeu 17 prefeitos. O DEM elegeu ainda 23 vice prefeitos e 232 vereadores. A liderança nacional que Efraim exerce em Brasília, também inspirou o desempenho do partido na Paraíba.

Porém, em João Pessoa os números vão na contramão das eleições no resto do estado. O partido não conseguiu votação expressiva para o candidato Raoni Mendes, que obteve apenas 15.582 votos. Além disso, o DEM não conseguiu eleger nenhum vereador. Raoni também não havia conseguido se eleger em 2018, quando tentou a vaga na ALPB, ou seja, a representação do partido na capital está comprometida.

Voz da Paraíba