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A deputada federal Flordelis dos Santos de Souza (PSD) disse ao Conselho de Ética da Câmara dos Deputados, nesta quinta-feira, 13, que o pastor Anderson do Carmo ficava com 60% do seu salário como parlamentar, e que o dinheiro serviria para manter a igreja onde os dois eram pastores.

A deputada indiciada como acusada pela morte do marido compareceu ao Conselho de Ética para defender seu mandato como parlamentar, e negou ter ordenado o homicídio de Anderson, conforme informações do site Congresso em Foco.

De acordo com a deputada, o apelido de Anderson era “514”, por atuar no Congresso como os outros 513 deputados, porém sem mandato. Segundo Flordelis, ele atendia prefeitos que procuravam seu gabinete e tinha até um crachá de livre circulação pelo Plenário da Câmara, que teria sido dado pelo presidente da Casa.

A parlamentar não citou nomes, porém apenas o ex-presidente da Câmara Rodrigo Maia (DEM) poderia ter emitido esta ordem. Flordelis também negou que planejava se separar do marido, como indicavam mensagens de seu celular, e que um de seus filhos adotivos estaria mentindo ao dizer que ela tentou convencê-lo a assumir o crime.

De acordo com a deputada, o fato da morte do seu marido ter se tornado um evento público, não lhe permitiu “viver o luto” de sua perda. “Sequer pude ter a oportunidade de chorar a perda de alguém muito importante na minha vida”, disse Flordelis.

A Tarde