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As eleições para o Senado já estão a todo vapor. São quatro candidatos, mas apenas dois lançados de forma oficial: Efraim Filho (DEM) e Caio Roberto (PL). Os não oficiais são Aguinaldo Ribeiro (PP) e Ricardo Coutinho (PSB). No entanto, as estratégias já foram lançadas.

Efraim Filho saiu na frente na disputa e vem colecionando apoios. Nesta segunda (03), juntou mais dois deputados: Júnior Araújo e Taciano Diniz, ambos do Avante. O partido deve receber em breve o presidente da ALPB, Adriano Galdino, que busca se viabilizar como vice na chapa de João Azevêdo. O apoio vindo do partido é ideal para Efraim.

Na última semana, João disse ser difícil estar numa chapa com representantes da direita. Efraim minimizou as declarações e afirmou ter uma relação institucional, para o bem do estado, nas palavras do deputado. O que credita Efraim para ser o candidato do governador é a boa relação e o apoio já manifestado do senador Veneziano Vital do Rêgo, que é forte apoiador de João. Veneziano pode, inclusive, ser o candidato ao governo para suceder João em 2026, caso ele seja reeleito.

Um dos motivos que deve levar João Azevêdo a pensar sobre um apoio imediato a Efraim é a indecisão de Aguinaldo Ribeiro. Aliado do governo, Aguinaldo tem divergências com sua irmã, Daniella, que também deve ser candidata à governadora. Nesse caso, Aguinaldo sairia candidato numa chapa de casa. O deputado do PP ainda não se colocou como candidato, mas já pede votos a prefeitos do interior.

Aguinaldo também contratou uma pesquisa para saber como os paraibanos avaliam seu nome na disputa, em que colocou contra ele o próprio Efraim, Cássio Cunha Lima e Bruno Roberto. A pesquisa foi feita principalmente no reduto dos Ribeiro, Campina Grande.

Um dos adversários, Bruno Roberto aposta no crachá do pai, Wellington Roberto, que tem boas relações com prefeitos, ele já reúne apoio no interior. São quase 10 cidades: Alcantil, Serra Grande, Uiraúna, Riacho de Santo Antônio, Belém do Brejo do Cruz, Pilõezinhos, Aparecida e Serra Redonda.

Bruno é empresário e foi candidato a vice-governador em 2018, na chapa com José Maranhão, ficando em terceiro lugar. Ele é irmão do deputado estadual Caio Roberto e vai apostar no municipalismo, como defendeu Wellington Roberto em entrevista.

No lado da oposição a João, está Ricardo Coutinho. O ex-governador enfrentou dificuldades nas eleições municipais em João Pessoa, quando ficou só em sexto lugar. No entanto, Ricardo aposta na boa aprovação que teve enquanto governador, principalmente com as obras e entregas no interior, onde o povo mais humilde guarda boa memória.

Ricardo ainda não se coloca como candidato, mas deve estar no palanque com um candidato de esquerda que se oponha a João, Romero e até Daniella Ribeiro para o governo. No ano passado, a Rádio Arapuan fez uma enquete para os ouvintes ligarem dizendo em quem votariam se as eleições fossem naquele momento. O nome de Ricardo disparou, com mais de 50 ligações, contra menos de 10 do segundo colocando, fazendo a enquete ser encerrada.

Voz da Paraíba