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O coordenador da Infogripe da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Marcelo Gomes, pediu cautela aos municípios paraibanos que nas últimas semanas flexibilizaram demais as medidas de contenção depois da diminuição dos números relacionados à Covid-19 no estado. Para Gomes, a liberação de apresentações artísticas em bares e restaurantes e o aumento da capacidade em cultos e missas podem acarretar em uma terceira onda apontada por especialistas como provável devido a este comportamento de baixar a guarda antes da hora.

Pesquisador vê “jogo arriscado”

“Ainda estamos em uma situação muito complicada. Felizmente João Pessoa tem conseguido manter um período de diminuição de novos casos, especialmente associado a internações, mas ainda estamos no patamar muito elevado. Situações como templos religiosos, shows em bares, restaurantes, pista de dança, facilitam a transmissão. Esse tipo de coisa pode justamente colocar em risco a manutenção de queda. Se dermos azar de interromper a queda vai ser muito preocupante, será um jogo extremamente arriscado”, afirmou.

Queda e flexibilização, o risco
Nas últimas semanas, a Paraíba registrou queda no número de mortes e de internações por Covid-19. Na capital, o percentual de ocupação de leitos de UTI caiu de 93% para 59% após a adoção de medidas restritivas. Com o desafogo nos hospitais, apresentações de artistas em bares e restaurantes voltaram a ser permitidas.

Escassez de vacina piora cenário
A escassez de vacina no país é outro componente que preocupa autoridades sanitárias. No Brasil mais de 86% da população já vacinada recebeu a CoronaVac, que sofre com desabastecimento de insumos da China. A Paraíba, por exemplo, tinha até o último fim de semana mais de 40 mil pessoas em atraso com a segunda dose, situação que tem sido regularizada após uma decisão judicial que determinou o envio de 75 mil doses do imunizante. Para as próximas semanas, secretários estaduais de Saúde trabalham com um cenário de escassez da CoronaVac.

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Blog de Maurílio Júnior