Deputado federal pela Paraíba, Julian Lemos (PSL) comentou o jogo político para 2022. Em entrevista ao Voz da Paraíba, o presidente estadual do partido confirmou que vai disputar a reeleição e comentou a articulação política da sigla: “Eu sou um dos que tem mais condições, políticas e morais, de disputar uma reeleição. Até porque, tudo que eu tenho falado, eu tenho cumprido. Estou totalmente habilitado e legitimado para isso”, afirmou o deputado.
Com a legislação vigente desde 2020, os partidos não têm mais direito à coligação para cargos que não sejam majoritários. Por isso, deve haver um aumento no número de candidaturas. No PSL, Julian Lemos afirmou que ainda não há nomes na mesa, mas que a articulação política já ocorre: “Nenhum partido tem, isso está sendo construído, nenhum partido pode dizer que tem uma chapa pronta agora, isso é uma construção, no decorrer do tempo. Temos praticamente dois anos à frente ainda. A articulação nunca parou”, disse, ao repórter Samuel de Brito.
Em entrevista anterior, o deputado já havia antecipado suas opiniões sobre 2022, tanto à nível estadual, quanto nacional. Na Paraíba, Lemos declarou que um apoio à reeleição de João Azevêdo é possível e que mantém uma relação institucional com o governador:
“Eu estou à disposição de escutar o governador João Azevêdo. Eu, particularmente, tenho uma relação com ele institucional. E essa relação institucional está fazendo com que a Paraíba receba. Eu não discuto assunto ideológico com o governador, ele não discutiu comigo, até porque eu acho que não dá para governar com ideologia. Até porque se governa para todos, você não governa só para um. Eu posso defender, como deputado, um lado. Mas um chefe do executivo não. Ele governa para todo mundo, inclusive pras minorias”, avaliou Julian Lemos.
Já em âmbito federal, o deputado criticou o que considera uma polarização entre Bolsonaro (sem partido) e Lula (PT), e defendeu uma candidatura de Centro. Para Julian, ‘as polarizações só atrapalham o Brasil’ e “tiram totalmente o entendimento da razão’.
“Eu, como sou uma pessoa da razão, eu estou no meio, porque eu acredito que o meio é equilíbrio, eu não estou em cima do muro, é diferente, mas eu estou no meio. E, nesse meio, eu consigo enxergar a demagogia de um lado, a canalhice do outro e o populismo do outro, entendeu? Eu enxergo tudo e isso me da angústia”, comentou o vice-presidente nacional do PSL.
“Eu acho que a maior massa que tem hoje é a massa silenciosa, não é a massa que tá gritando ‘mito’, nem a que tá gritando ‘Lula lá’. Essa daí não é a massa maior, a massa maior é a silenciosa, que é o antipetismo e é o anti-bolsonarismo radical”, concluiu o deputado.
Samuel de Brito – Voz da Paraíba