O médico Oziel Souza foi afastado do cargo após se envolver em uma polêmica e quase ser agredido por acompanhantes de pacientes dentro do Hospital Jofre Cohen, localizado no município de Parintins. O profissional é acusado de desligar o oxigênio de pacientes que dependiam do insumo para sobreviver.
O episódio teria acontecido na madrugada do último dia 3 de fevereiro, enquanto Oziel realizava seu primeiro dia de visitas nas enfermarias da unidade. Segundo nota da Prefeitura de Parintins, na ocasião, o médico teria ido até os leitos e desligado o oxigênio sem dar nenhuma explicação aos pacientes.
A atitude provocou a queda imediata da saturação e fez com que alguns deles passassem mal.
“O médico Oziel Sousa esteve nas enfermarias do Hospital Jofre Cohen e desligou o oxigênio dos pacientes que utilizavam o gás no tratamento de Covid, sem sequer consultá-los. O ocorrido, que inclusive chegou a ser denunciado em redes sociais, causou descompensação nos pacientes, gerando revolta nos acompanhantes, que quiseram agredi-lo fisicamente. Antes do desligamento do oxigênio, todos os pacientes estavam estáveis, correspondendo às medicações dadas pelo corpo médico”, diz um trecho da nota divulgada na noite desse sábado (13).
“Nos surpreendeu às 4h30min, determinando o desligamento do oxigênio e altas de pacientes sem pelo menos fazer um teste. Meu cunhado não estava conseguindo ficar sem oxigênio, ele mandou desligar e determinou a alta dele, discuti com ele e ele me perguntou quem era o médico. Meu cunhado após ter o oxigênio desligado passou de 96 para 88 a saturação. Corri para a enfermaria e uma das técnicas veio e ligou novamente”, diz um dos acompanhantes.
Por conta dos ânimos exaltados, o médico teve que ser retirado do hospital. O profissional do cargo e após o problema ser levado a Secretaria de Saúde do Município, ele foi remanejado para o Hospital Padre Colombo, mas se recusou a ir e pediu desligamento da pasta.
Médico Oziel Souza
Em grupos de Whatsapp, Oziel também compartilhou uma áudio, onde justifica sua conduta e relata que foi expulso do Hospital Jofre Cohen pela própria direção. Souza diz que ao chegar a unidade verificou que os pacientes estavam sofrendo de anóxia, problema que causa delírio, perda de memória e confusão mental.