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O senador Veneziano Vital do Rêgo (MDB-PB) solicitou, nesta quarta-feira (20), que os órgãos de controle nacionais, estaduais e municipais façam um rigoroso acompanhamento de como estão sendo aplicadas as doses da vacina contra a Covid-19 em todo o país.

O objetivo é evitar que pessoas que não fazem parte dos grupos prioritários para esta primeira fase da imunização possam ser vacinadas, como ocorreu em Campina Grande, onde a médica Tatiana Medeiros denunciou ao Ministério Público a vacinação para várias pessoas fora dos grupos prioritários, mas que teriam ligações políticas com o prefeito e outros agentes políticos aliados.

“Profissional da saúde de Campina Grande para ser vacinado precisa ser amigo do Rei”, afirmou Tatiana Medeiros, que é Médica Ortopedista. “Essas prioridades deveriam ser respeitadas, principalmente, pelos gestores. Profissional de Saúde da linha de frente no enfrentamento da Covid-19 arrisca a vida diariamente, expõe os familiares diariamente, quantos foram ceifados? Exigimos respeito e transparência”, afirmou a profissional.

Tatiana levou o caso ao conhecimento do Ministério Público, com provas, para que sejam tomadas as providências cabíveis. “Amanhã, formalizarei denúncia no Ministério Público, com as provas colhidas e produzidas, pelos próprios vacinados, que furaram a fila da prioridade na vacinação contra a Covid-19 em Campina Grande. Ser amigo do Rei garantiu essa prioridade”, publicou Tatiana Medeiros na noite de ontem, em suas redes sociais.

Veneziano lamentou o que está ocorrendo em Campina Grande e lembrou que existem denúncias envolvendo outras cidades do país. “É preciso que haja, além do senso de responsabilidade que é exigível dos gestores, o acompanhamento rígido dos órgãos de controle, para que a vacina chegue, nesta primeira fase, a quem, de direito, faz parte dos grupos prioritários. Usar de influência política para autorizar vacina em quem não faz parte dos grupos prioritários, neste instante, é inadmissível”, alertou o parlamentar.

O apelo de Veneziano foi endereçado ao Ministério Público Federal, aos Ministérios Públicos Estaduais e Municipais, à Controladoria Geral da União – CGU e aos Tribunais de Contas da União, dos Estados e dos Municípios.