Após o Ministro do STF, Gilmar Mendes, determinar a retirada da tornozeleira eletrônica do ex-governador Ricardo Coutinho (PSB), o coordenador do Gaeco na Paraíba, Octávio Paulo Neto, afirmou ao Blog do Anderson Soares, nesta quinta-feira (6), que vai apurar eventuais problemas registrados no equipamento do ex-governador. Paulo Neto disse que existem outros presos da Operação Calvário que não apresentaram problemas no tocante às tornozeleiras e que, no caso do ex-governador, pode ter sido questão de adaptação e manuseio.
“Vamos apurar. Uma vez que há centenas de pessoas com tornozeleiras, quiça algumas mil, iremos aferir se o aludido problema ou queixa é algo singularizado ou massivo, pois muitas vezes é uma questão de adaptação e manuseio. Vamos apurar para saber as causas , até porque existem outros com tornozeleira na Operação Calvário, que não tiveram igual problema. Por isso, iremos apurar”, destacou.
O coordenador do Gaeco demonstrou insatisfação com a decisão do ministro Gilmar Mendes em relação ao ex-governador. Para o promotor, todos são iguais perante a lei e devem ser tratados de forma igualitária. “O que combatemos é o privilégio desarrazoado. Não é porque um investigado ocupou ou ocupa um cargo que se torna diferente dos demais. Todos são iguais perante a lei”, frisou.
Otávio Paulo Neto rebateu, ainda, os advogados de Ricardo Coutinho, que acusaram a justiça paraibana de promover perseguição implacável ao ex-governador. Em tom de ironia, ele lembrou que a função do Gaeco é investigar e responsabilizar quem comete crimes. “Gaeco significa Grupo de Atuação Especial contra o Crime Organizado, não a favor. Logo, somos pagos para investigar e responsabilizar quem comete crimes. A defesa é paga para defender”, finalizou