Mente ou mostra desconhecimento político quem usa o discurso de que “ninguém quer ouvir falar em eleição”. Assim como temos o título do país do futebol, o Brasil também é um país que respira política! Em meio ao coronavírus vírus, cada passo da classe política é milimetricamente pensando na eleição deste ano.
Pensado bem, estamos nos aproximando do pleito. As convenções partidárias para a escolha dos candidatos deverão ser realizadas de 20 de julho a 5 de agosto. Os registros de candidaturas devem ser protocolados até 14 de agosto. E o primeiro turno é dia 4 de outubro.
Está próximo! Faltam menos de 5 meses e a capital da Paraíba vive uma verdadeira incerteza para saber quais são os nomes que disputarão as eleições deste ano. Em meio a um “silêncio” da classe política, A PERGUNTA É: Faltando menos de 5 meses para eleição, ainda existe tempo fabricar candidato a prefeito, em João Pessoa?
Vivemos uma eleição atípica. Candidatura é construção. No grupo liderado pelo prefeito Luciano Cartaxo(PV), ninguém abre a boca para falar em política. Está todo mundo caladinho. Estranho é o silêncio dos três secretários que podem ter o apoio do prefeito para disputar o pleito: Diego Tavares, Socorro Gadelha e Daniela Bandeira. Antes, estes viviam dia e noite ocupando espaço na mídia e tentando encontrar discurso para chegar ao povão. Cartaxo é muito forte, mas precisa, pra ontem, dizer qual a direção que o time dele vai jogar. É preciso começar a aquecer o jogador principal.
Outro silêncio que chama atenção é do Governador João Azevedo. Dizendo está focado na pandemia, João não diz absolutamente nada e nem sinaliza qual nome terá o seu apoio. Se bem que essa história de pandemia tem aproximando muito as “relações institucionais” entre Azevedo e Cartaxo. Essa aproximação dura até quando?
Outro partido de grande história com João Pessoa é o PSB do ex-governador Ricardo Coutinho. É inegável o peso eleitoral de Coutinho, este que já foi o maior cabo eleitoral da cidade, hoje vive um terrível isolamento político após uma série de acusações da Calvário e um rompimento com o governador. Embora tanta acusação, contra Ricardo não existe nenhuma condenação que lhe impeça de disputar a próxima eleição. Ricardo está em silêncio, caso não dispute, o PSB não tem nenhum outro quadro de competitividade.
Quem reapareceu e tem o nome lembrado é o ex-prefeito da capital, Cícero Lucena, este que tem uma história com João Pessoa e já tinha anunciado aposentadoria da vida política. Ao deixar o PSDB, depois de mais de 20 anos, Lucena está no PP. Com as bênçãos do deputado Aguinaldo Ribeiro, existe uma corrente muito forte tentando convencer Cícero. Em entrevistas recentes, o ex-prefeito diz: o futuro pertence a Deus!
Quem está deitando e rolando com a situação atual é o comunicador Nilvan Ferreira. Filiado ao MDB, o apresentador está com a popularidade em alta ao defender bandeiras dos menos favorecidos e denunciar irregularidades do Governo Estadual e PMPJ. Nilvan tem crescido no discurso. O grande x contra Nilvan é o tempo. No próximo dia 30 de junho, como manda a legislação eleitoral, Ferreira precisa deixar os microfones para ficar apto ao pleito. Se o o comunicador não cair no esquecimento, é um nome de grande chance que tem assustado a classe política.
O deputado federal Ruy Carneiro é outro nome que tem conseguido aparecer na mídia e tem feito um mandato pautado em defesa da saúde e cobrando fim de privilégios para classe política. Conhecendo João Pessoa como ninguém, Ruy foi vereador, deputado estadual e também já disputou o mandato de prefeito. É um nome com perspectiva de crescimento, entretanto, ainda falta em Ruy um combustível chamado apoio político, a começar pelos colegas do partido que ainda não apostaram no nome dele.
Fora esses nomes citados, os demais pré-candidatos não passarão de pré-candidatos.
Bruno Pereira/ Voz da Paraíba