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Em entrevista via Hangout à Rádio Arapuan FM nesta quarta-feira (22), o governador João Azevedo falou sobre um possível afrouxamento das medidas restritivas a partir do dia 3 de maio, que é quando chega ao fim o decreto de isolamento social no estado.

O governador ponderou a situação nos estados vizinhos de Pernambuco e Ceará – que apresentam números piores que a Paraíba – e no próprio estado paraibano, mas disse que apesar de estar particularmente ansioso pelo retorno à normalidade, qualquer decisão nesse sentido só vai ser tomada com base nas avaliações do Comitê Científico do Consórcio Nordeste.

Durante a entrevista, João Azevedo garantiu que não pretende reduzir os salários do funcionalismo público estadual e que está trabalhando para continuar pagando a folha em dia.

O gestor ainda esclareceu as diferenças entre os decretos de calamidade pública por 180 dias e o de isolamento social, que é válido até o próximo dia 3 de maio. Ele reforçou que com o decreto de calamidade pública no estado, não existe prorrogação de quarentena na Paraíba até o mês de dezembro, mas sim, a abertura, com o decreto de calamidade pública, de linhas de crédito especiais para pequenos e microempreendedores.

João Azevedo reconheceu haver uma subnotificação de casos de COVID-19 no estado, mas garantiu que a Paraíba está fazendo exames em todas as pessoas que procuram os serviços de saúde do estado e que com a compra de 310 mil testes, todos os municípios vão poder examinar um maior número de pessoas, inclusive as assintomáticas.

O governador ainda falou sobre a questão do duodécimo das instituições do estado e justificou o recuo na decisão de reduzir em 7% os valores dos repasses. De acordo com ele, houve um pedido dos poderes para que esse corte fosse reavaliado, uma vez que a folha de pagamento já havia sido gerada e que as instituições teriam problemas para arcar com os demais compromissos. O gestor garantiu que deve se reunir nos próximos dias com todos os representantes para equacionar o assunto.

João também falou sobre a reunião dos governadores nordestinos com o novo ministro da Saúde, Nelson Teich. De acordo com ele, o novo ministro mais ouviu do que falou e se mostrou bastante receptivo às pautas dos gestores.

Sobre as manifestações anti-democráticas do último domingo, João Azevêdo considerou uma lástima e creditou os atos à falta de informação por parte dos manifestantes.

Ainda durante o programa Arapuan Verdade, o governador confirmou haver um projeto de lei obrigando a população a utilizar máscaras em ambientes públicos para diminuir a transmissão do Coronavírus e fez um apelo para que as pessoas tornem isso um hábito, principalmente após a distribuição dos 3 milhões de máscaras que vão ser adquiridas pelo Governo do Estado.

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